domingo, 27 de janeiro de 2013

Fica a Dica

Bom, já falei aqui antes sobre aqueles filmes marcantes, impossíveis de esquecer, né? Pois é, recentemente assisti a mais um desses.

O filme da vez é Os Corajosos, filme incrível, lindíssimo, extremamente tocante. Ele conta a história de três policiais que tem que equilibrar seu tempo com as pesadas responsabilidades do trabalho e cuidar de suas famílias. Um terrível incidente na vida de um deles faz com que eles parem para refletir sobre o que é mais importate.

O drama nos ensina muitas lições, mostra a importância da generosidade, de tratar outros bem, de aprender a perdoar e não manchar nossa vida com rancor. Fala sobre a honestidade e o valor de ajudar o próximo. Ensina que a família deve ser valorizada acima de tudo. Mostra aos pais que seus filhos são verdadeiros presentes e os faz refletirem sobre a necessidade de passar tempo com eles mostrando que os padrões que ensinam a eles, farão a diferença durante toda a vida de seus filhos. O filme ensina ainda, que o papel dos pais é honrar, proteger, guiar, ensinar sobre responsabilidade e integridade e ser boa influência a seus filhos.

Sem dúvida nenhuma, a lição mais marcante do filme é que quando perdemos um ente querido na morte, não devemos deixar de viver nossa vida lamentando e nos martirizando pelo tempo em que não poderemos estar com ele e sim agradecer pelo tempo que pudemos viver com essa pessoa.

Simplesmente incrível. Fica a dica.


 

 

Terrível Sensacionalismo

Lamento muito o que houve no incêndio da boate no Rio Grande do Sul.
Agora, o que me deixa indignado é o sensacionalismo da TV, o Datena em pleno domingo na Band com a cobertura jornalística do fato???
Foi-se o tempo em que a TV se preocupava em informar e prestar serviço apenas, hoje o que vale é a audiência a todo custo...
Lamentável.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão – “Pesadelo do Ter”


Li o texto abaixo no Jornal Metrô News, na edição de 27 de dezembro de 2012. É de autoria de João Baptista Herkenhoff que é escritor, palestrante, magistrado aposentado e professor universitário.

Ser ou ter, Niemeyer?

Os que comandam o imaginário popular propõem o consumo como meta de vida. O sistema econômico vigente tem, nos mecanismos de mercado competitivo, o fundamento de sua organização. O parâmetro de êxito pessoal, imposto pela cultura dominante, é possuir e consumir.

Contrapondo-se à cultura dominante, o filósofo Gabriel Marcel afirma que o “ter” é uma fonte de alheamento. Aquilo que possuímos ameaça de nos tragar. Os homens que vivem na zona do ter são almas cativas que sofrem uma deficiência ontológica com a perda do ser. Tais homens são indiferentes ao outro. Fogem no momento de perigo. Para o homem que vive na “dimensão do ter”, todas as coisas são problemas; para o que entra em “seu próprio ser”, convertem-se em mistério. O ser, já por si, é um mistério: não se pode comprovar, computar e dominar, mas apenas reconhecer.

Estava iluminado pelo espírito de Gabriel Marcel nosso imenso Oscar Niemeyer quando ensinou: “Meu avô foi Ministro do Supremo Tribunal Federal, morreu sem um tostão. Achei bonito ele morrer assim. Teria vergonha de ser um homem rico. Considero o dinheiro uma coisa sórdida.”

Também caminhou na contra-mão o poeta Newton Braga. Desprezou o pragmatismo, com os desvalores em que se assenta:”Esta sensibilidade, que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo, e que me fará morrer de dores que não são minhas.”

Segundo Gabriel Marcel qualquer tarefa humana, mesmo um artigo como este, pode ser um problema ou um mistério. Será um problema se for encarado como algo que me corta o passo, um gigante assustador com o qual devo me defrontar. Será mistério na medida em que me veja metido nele, na medida em que meu próprio ser nele se implique e se comprometa.

Joseph Beuys vê como obra de arte toda a criatividade humana: o professor, o cientista, o filósofo, o escritor, o jornalista, o revolucionário, o utopista são todos artistas. Dispondo do milagre da palavra, o escritor e o jornalista devem ser porta-vozes do seu povo. Devem estar a serviço da justiça e da verdade.

Está próximo o mundo dos homens que viverão na “dimensão do ser”. Já não será o gesto de coragem isolado, mas o fruto de uma estrutura social. Não se lutará pelo pão de cada um, mas pelo pão de todos. A oração do “Pai-Nosso” será verdadeira. O espectro da solidão será banido da terra.

Desatrelados do “pesadelo do ter”, os homens serão “livres para ser”. E a humanidade construirá sua casa, e ninguém ficará ao relento, e as crianças olharão as estrelas, e as estrelas terão paz, do jeito que Oscar Niemeyer sonhou.

Reflexão - A Importância da Família


No domingo, 23 de dezembro, tive a oportunidade de assistir com uns amigos ao filme O Impossível, um drama belíssimo e muito realista. Baseado em uma história real, o filme tem como tema o tsunami que atingiu a costa da Indonésia em 2004 e conta a história de um casal com três filhos pequenos que estão passando férias na Tailândia, quando na manhã de 26 de dezembro um tsunami atinge o local destruindo tudo o que encontra pela frente. Com a devastação, a família se divide em dois grupos, um com a mãe e o filho mais velho e outro com o pai e dois filhos. Eles enfrentam situações desesperadoras sem saber se seus familiares estão vivos ou não e lutam desesperadamente para sobreviver movidos pela esperança do reencontro.

O filme é extremamente tocante, emociona e traz lições de vida. Faz-nos refletir sobre o valor da família e dos amigos, sobre a importância de ajudar o próximo esquecendo-se de nosso próprio bem estar e mostra que bens materiais não tem tanta importância e não merecem tanta atenção em detrimento da família. Diante daquele tsunami, nem dinheiro nem bens materiais puderam salvar ou ajudar alguém, tudo foi perdido. Infelizmente acabamos nos esquecendo disso e muitas vezes colocamos a família em segundo plano. Vale a pena assistir O Impossível e refletir nas lições que nos ensina. Fica a dica.