sexta-feira, 19 de julho de 2013

Para refletir

Há algum tempo tenho pensado no que é o contentamento. Não a ~felicidade~, a ideia utópica de entrar num estado permanente de levitação sorridente e que supõe ter vencido o 'mal' para sempre. É contentamento.
Contente é satisfeito.
Vem do latim Contentus, satisfeito, particípio passado de Continere, que é conter.
Quem está contente está pleno. É como você estar com fome e comer na medida do tamanho do seu estômago e não do olho gordo. Quando você come bem e mata a fome, está contente e feliz. Se come demais, além do que pode conter, você fica estufado e infeliz.
Contentar-se, portanto é sentir a alegria de estar preenchido na medida do seu cabimento. É ter o que lhe cabe, nem mais nem menos.
Contentar-se não é conformar-se. Conformar-se é aceitar o que vem do jeito que vem. É assumir a forma do que vem. Contentar-se é preencher-se na medida certa. Não é só forma, mas também conteúdo. Não é só o quanto, mas o quê. E o como. Conformar-se tem um lado legal de aceitar as coisas como elas são, mas nos remete a um estado de vitimização, às vezes. De ser coitadinho, de não exigir, não querer, de subjugar-se. Aí não pra pra ficar contente. Estou falando de outro estado de alma.
Um exemplo fácil pra entender o contentamento vem pela negação, quando estamos descontentes.
Ficamos descontentes quando o mundo não nos reconhece, quando não dá valor ao nosso trabalho, ao que somos. Sentimos que temos um tanto a ser correspondido e a correspondência (resposta conjunta) não vem. Fica então um vazio. Porque você não se satisfaz com o pouco que o mundo devolve. Você acha que merece, precisa de mais. E aí você corre o risco de entrar por um caminho horroroso, o de começar a se comparar com outros que têm mais que você (mais sorte, reconhecimento, bens, oportunidades) e que você acha que ~merecem menos que você~.
Mas há também outro problema, que começa quando há um descompasso entre o quanto você realmente comporta, o quanto lhe cabe e o seu desejo de ter. Porque embora você tenha uma dimensão finita em termos materiais (peso, altura, idade, energia, etc.) o seu desejo pode não ter limites.
Às vezes sua vida comporta menos do que você deseja. E aí, o tanto que lhe caberia, o que teria cabimento e lhe faria contente, parece pouco. E você fica infeliz. E vai desejando mais e mais e mais e nada parece satisfazer. O ícone clássico desse estado é a 'pobre menina rica' que tem tudo e não tem nada, que só tem dinheiro e não tem alegria. Ó.
Tenho estado contente. Não porque tenho mais do que já tive, mas porque preciso de menos do que pensei. Porque o que me cabe e me deixa feliz já está a meu alcance. Se você já passou dias e dias de chinelo na praia, comendo quando tem fome, dormindo quando tem sono, bebendo quando tem sede e deixando a brisa levar seus pensamentos você sabe como é esse estado de contentamento.
Esses sonhos loucos de ganhar o Nobel, o Oscar, o Pulitzer, o Esso, entrar pra Academia de Letras, pra lista da Forbes, essas megalomanias que adquirimos pelo excessivo consumo de mídia, são legais quando acontecem, pra quem elas acontecem. Usar essas exceções como parâmetros de felicidade é pura desinteligência. Imagine, você só vai ser feliz SE e QUANDO ganhar um prêmio? Ficar rica? Encontrar o grande amor da sua vida? Tiver sua empresa? Comprar uma Ferrari? Viajar o mundo? Por que não sentir-se contente tendo o que lhe cabe AGORA? E, em não tendo o que lhe cabe, que tal conter suas ilusões e diminuir o vazio, pra ficar satisfeita com um conteúdo menor?
Eu sei que falar é fácil, mas as palavras organizam nossos pensamentos, que realinham nossos sentimentos também. E isso ajuda muito a polarizar nossas confusões mentais, orientar nossos spins interiores. Conceitos são nortes que fazem nossa bússola mostrar o caminho.
Portanto, se você vive ansioso, se nada lhe agrada, se você só tem vontade de criticar, se a sua busca nunca termina, se sua fome não passa, se nada lhe sacia, se você não sabe mais como ser feliz, se virou adepta do 'I can get no satisfaction', pare tudo. Comece olhando pra dentro de si e vendo seu real tamanho. Seu real espaço. Redimensione-se. Trate-se como se fosse uma casa que você esvazia para reformar. Tire tudo, limpe, reforme, conserte vazamentos. Depois que a infraestrutura estiver reconstruida, pinte as paredes e redecore-se. Até que fique tudo arejado. Até que as coisas sejam proporcionais e harmônicas. Na medida certa, no lugar certo.
Porque você sabe, às vezes até o tamanho do nosso drama é irreal. É só um desejo desmedido de chamar atenção para ter mais do que se pode suportar e ser mais do que se é.
O desmedido é o descabido. É o descontente.
E viver descontente não tem cabimento.
Contenha-se. Caiba-se. Contente-se.E seja feliz.

Essa é a vida


Hoje é tempo de mudanças! - Augusto Cury

"Hoje é tempo de diminuir nossas atividades. Se não for possível fazer uma grande cirurgia em nossa agenda, devemos nos programar seriamente para começar a fazê-la amanhã, depois, gradativamente, no correr dos anos. Hoje é tempo de rever nossas metas, colocar colírio em nossos olhos para enxergar o que tem importância.

Hoje é tempo de amar nossos filhos, elogiá-los por tantas coisas que fazem e que consideramos meras obrigações. Hoje é tempo de descobrir cada um com suas características únicas. Hoje é tempo de pedir-lhes perdão pela nossa falta de tempo, sem usar a desculpa de que tudo o que fazemos é para eles. Hoje é tempo de cobrar menos e abraçar mais. É tempo de dizer que eles não estão no rodapé de nossas vidas, mas nas páginas centrais de nossas histórias.

Hoje é tempo de deixar nossos títulos acadêmicos e nossa posição social, de procurar nossos amigos, abracá-los, convidá-los para jantar, resgatar o passado, saber do presente, dar risadas descompromissadas.

Hoje é tempo de conversar com nossos pais, descobrir seus mundos, desvendar capítulos de suas histórias que jamais conseguimos ler. Perguntar quais foram suas batalhas mais importantes, suas conquistas mais desafiantes.

Hoje é tempo de olhar nos olhos de quem amamos, pedir desculpas pelo excesso de trabalho, pela nossa rigidez, cruzar nosso mundo com o deles, fazer programas diferentes, relaxar, ouvir. Hoje é tempo de namorar, de dizer com ternura "Eu te amo" ou de admitir honestamente "Não sei amar, só sei trabalhar. Ensine-me a amar você".

Hoje é tempo de perdoar, de compreender, de minimizar as ofensas. É tempo de não levar a ferro e fogo nossas manias e exigências. Hoje é tempo de esperar menos dos outros e cobrar menos de nós mesmos. É tempo de aceitar o que não conseguimos mudar sem cair no conformismo de aceitar o que é possível transformar.

Hoje é tempo de enfrentar nossas fragilidades, desvendar nossas"loucuras", nos repensar, reciclar e descobrir que somos seres humanos sem vocação para deuses.

É tempo de estabelecer estratégias para atingir nossos mais belos alvos. Hoje é tempo de resgatar sonhos perdidos, de rejuvenescer nossas emoções, de fazer coisas simples que irradiam alegria, de dirigir o roteiro de nossa história."  




terça-feira, 25 de junho de 2013

Filtro Solar - Pedro Bial

"Senhoras e senhores da turma de 2003:
Filtro solar!
Nunca deixem de usar o filtro solar
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta:
Usem o filtro solar!
Os benefícios a longo prazo
Do uso de filtro solar estão provados
E comprovados pela ciência
Já o resto de meus conselhos
Não tem outra base confiável
Além de minha própria experiência errante
Mas agora eu vou compartilhar
Esses conselhos com vocês...
Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.
Ou, então, esquece...
Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado.
Mas pode crer, daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos
E perceber de um jeito que você nem desconfia, hoje em dia, quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua frente
E como você realmente tava com tudo encima
Você não tá gordo, ou gorda
Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que preocupação
É tão eficaz quanto mascar chiclete
Para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade da sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada
E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de um terça-feira modorrenta
Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.
Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
Às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
É só você contra você mesmo.
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
Estique-se.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,
Aos 22, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.
Seja cuidadoso com os joelhos.
Você vai sentir falta deles.
Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você.
As Suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo, é assim pra todo mundo.
Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder, mesmo!
Não tenha medo do seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele
É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.
Dance! Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.
Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio!
Dedique-se a conhecer os seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado
E possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
Esforce-se de verdade pra diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida.
Porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem
More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você, também, vai envelhecer.
E quando isso acontecer..
Você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razuáveis,
Os políticos eram decentes
E as crinanças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos. E não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada,
Talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.
Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.
Cuidado com os conselhos que comprar,
Mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo,
Repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.
Mas no filtro solar, acredite!"

"Quase" - Sara Westphal

"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. 

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. 

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Emocionante

Vídeo lindo, é incrível até onde vai a criatividade do homem! Vale a pena assistir.
De uma maneira tocante ele mostra o quanto a guerra fere e destrói, tudo isso por causa da irracionalidade do ser humano.

domingo, 9 de junho de 2013

Para refletir

O COELHO E O CACHORRO

De vez em quando surgem umas histórias que todos que contam juram ser verdade e até dizem que tem um primo que conheceu a vizinha da sobrinha da pessoa com a qual aconteceu o caso. A mais célebre é aquela do sapatinho vermelho da sogra que desliza debaixo do banco do carro. Lembrou?
Agora pintou uma nova. Simplesmente genial. Quem me contou garante que aconteceu na Granja Vianna, bairro da classe média alta em São Paulo, semana passada.
Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O doido comprou um pastor alemão. Papo de vizinho:
- Mas ele vai comer o meu coelho.
- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum.
E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.
Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso foi na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Pasmo.
Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro.
- O vizinho estava certo... E agora, meu Deus?
- E agora?
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- E você cala a boca, porra!
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível. Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e coloca na casinha dele no quintal.
Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas como convém a um coelho cardíaco.
Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças. Descobriram! Não deu cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho... O coelho...
- O quê que tem o coelho?
- Morreu!
Todos:
- Morreu? Inda hoje de tarde parecia tão bem...
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes da gente viajar as crianças enterraram ele no fundo do quintal!
A história termina aqui, neste domingo de páscoa, de noite. O que aconteceu depois não interessa. Nem ninguém sabe.
Mas o personagem que mais me cativa nessa história toda, o protagonista da história, é o cachorro.
Imaginem o pobre do cachorro que, desde sexta-feira procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar, descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar porrada de tudo quanto é lado.
O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, que não pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro de nós.
Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparência como melhor nos convier. Maquiada.
Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitado de nós, animais racionais.

Mário Prata

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Diário de Anne Frank

Livro "O Diário de Anne Frank" - Fica a Dica

Hoje terminei de ler o livro "O diário de Anne Frank". Fazia anos que desejava lê-lo, mas não tinha oportunidade. Agora que terminei me arrependo de não ter lido antes!

O livro é um diário comovente de Anne Frank, uma adolescente judia de treze anos que tem que se esconder durante dois anos com mais sete pessoas no sótão de uma casa em Amsterdã, Holanda durante a perseguição dos judeus na segunda guerra mundial comandada por Hitler.

O diário mostra como eram os dias dessas oito pessoas neste sótão, seus desentendimentos, seus medos, como divertiam-se, sua alimentação, esperanças, ao mesmo tempo em que Anne desabafa seus mais profundos sentimentos e conflitos de adolescente neste diário que ela chama de Kitty.

Junto com Kitty, podemos ver como Anne forma sua personalidade e passamos a admirar a determinação dessa garota e sua vontade de viver, acima de tudo temos a oportunidade de aprender muito com ela.

Livro comovente, tocante e acima de tudo inspirador. Relata o que o ódio irrefletido do ser humano é capaz de causar.

Fica a dica.



domingo, 17 de março de 2013

Valorize seu professor

Esse vídeo mostra o quanto os professores são vitais para nossa sociedade. Já que sou professor tenho que puxar sardinha para o meu lado (rs).

Dói falar isso, mas falta investimento em educação. Os educadores são extremamente desvalorizados pela sociedade, pelo governo, pelos pais e pelos próprios alunos, enfrentamos péssimas condições de trabalho, para se ter uma ideia, muitos professores ficam meses no início do ano sem receber salário (me incluo nessa situação), fazendo “milagre” com seu dinheiro para trabalhar, apesar disso continuamos lutando e damos o nosso melhor de maneira apaixonada. É claro que como em qualquer área, também temos péssimos profissionais. O que precisamos é que a sociedade se motive e também nos ajude.

A música do vídeo se chama "Anjos da Guarda" e é interpretada pela Leci  Brandão.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Seja Feliz!

Já ouviu falar de Augusto Cury? Ele é um psiquiatra autor de livros maravilhosos e tocantes que nos fazem repensar a vida. Já li vários livros dele e indico, só para citar alguns: "Nunca Desista de Seus Sonhos", "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", "Seja Líder de Si Mesmo", "Treinando a Emoção Para Ser Feliz", "12 Semanas para Mudar Uma Vida", "Superando o Cárcere da Emoção".

O link a seguir é de um vídeo curto que mostra fragmentos do livro dele "10 Leis Para Ser Feliz", vale a pena assistir, simplesmente apaixonante!

Ser feliz só depende de nós mesmos!

http://www.youtube.com/watch?v=Je1odJMD9Eo

(Devido as direitos da EMI pela trilha sonora não consegui postar o vídeo direto no blog)




domingo, 27 de janeiro de 2013

Fica a Dica

Bom, já falei aqui antes sobre aqueles filmes marcantes, impossíveis de esquecer, né? Pois é, recentemente assisti a mais um desses.

O filme da vez é Os Corajosos, filme incrível, lindíssimo, extremamente tocante. Ele conta a história de três policiais que tem que equilibrar seu tempo com as pesadas responsabilidades do trabalho e cuidar de suas famílias. Um terrível incidente na vida de um deles faz com que eles parem para refletir sobre o que é mais importate.

O drama nos ensina muitas lições, mostra a importância da generosidade, de tratar outros bem, de aprender a perdoar e não manchar nossa vida com rancor. Fala sobre a honestidade e o valor de ajudar o próximo. Ensina que a família deve ser valorizada acima de tudo. Mostra aos pais que seus filhos são verdadeiros presentes e os faz refletirem sobre a necessidade de passar tempo com eles mostrando que os padrões que ensinam a eles, farão a diferença durante toda a vida de seus filhos. O filme ensina ainda, que o papel dos pais é honrar, proteger, guiar, ensinar sobre responsabilidade e integridade e ser boa influência a seus filhos.

Sem dúvida nenhuma, a lição mais marcante do filme é que quando perdemos um ente querido na morte, não devemos deixar de viver nossa vida lamentando e nos martirizando pelo tempo em que não poderemos estar com ele e sim agradecer pelo tempo que pudemos viver com essa pessoa.

Simplesmente incrível. Fica a dica.


 

 

Terrível Sensacionalismo

Lamento muito o que houve no incêndio da boate no Rio Grande do Sul.
Agora, o que me deixa indignado é o sensacionalismo da TV, o Datena em pleno domingo na Band com a cobertura jornalística do fato???
Foi-se o tempo em que a TV se preocupava em informar e prestar serviço apenas, hoje o que vale é a audiência a todo custo...
Lamentável.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão – “Pesadelo do Ter”


Li o texto abaixo no Jornal Metrô News, na edição de 27 de dezembro de 2012. É de autoria de João Baptista Herkenhoff que é escritor, palestrante, magistrado aposentado e professor universitário.

Ser ou ter, Niemeyer?

Os que comandam o imaginário popular propõem o consumo como meta de vida. O sistema econômico vigente tem, nos mecanismos de mercado competitivo, o fundamento de sua organização. O parâmetro de êxito pessoal, imposto pela cultura dominante, é possuir e consumir.

Contrapondo-se à cultura dominante, o filósofo Gabriel Marcel afirma que o “ter” é uma fonte de alheamento. Aquilo que possuímos ameaça de nos tragar. Os homens que vivem na zona do ter são almas cativas que sofrem uma deficiência ontológica com a perda do ser. Tais homens são indiferentes ao outro. Fogem no momento de perigo. Para o homem que vive na “dimensão do ter”, todas as coisas são problemas; para o que entra em “seu próprio ser”, convertem-se em mistério. O ser, já por si, é um mistério: não se pode comprovar, computar e dominar, mas apenas reconhecer.

Estava iluminado pelo espírito de Gabriel Marcel nosso imenso Oscar Niemeyer quando ensinou: “Meu avô foi Ministro do Supremo Tribunal Federal, morreu sem um tostão. Achei bonito ele morrer assim. Teria vergonha de ser um homem rico. Considero o dinheiro uma coisa sórdida.”

Também caminhou na contra-mão o poeta Newton Braga. Desprezou o pragmatismo, com os desvalores em que se assenta:”Esta sensibilidade, que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo, e que me fará morrer de dores que não são minhas.”

Segundo Gabriel Marcel qualquer tarefa humana, mesmo um artigo como este, pode ser um problema ou um mistério. Será um problema se for encarado como algo que me corta o passo, um gigante assustador com o qual devo me defrontar. Será mistério na medida em que me veja metido nele, na medida em que meu próprio ser nele se implique e se comprometa.

Joseph Beuys vê como obra de arte toda a criatividade humana: o professor, o cientista, o filósofo, o escritor, o jornalista, o revolucionário, o utopista são todos artistas. Dispondo do milagre da palavra, o escritor e o jornalista devem ser porta-vozes do seu povo. Devem estar a serviço da justiça e da verdade.

Está próximo o mundo dos homens que viverão na “dimensão do ser”. Já não será o gesto de coragem isolado, mas o fruto de uma estrutura social. Não se lutará pelo pão de cada um, mas pelo pão de todos. A oração do “Pai-Nosso” será verdadeira. O espectro da solidão será banido da terra.

Desatrelados do “pesadelo do ter”, os homens serão “livres para ser”. E a humanidade construirá sua casa, e ninguém ficará ao relento, e as crianças olharão as estrelas, e as estrelas terão paz, do jeito que Oscar Niemeyer sonhou.

Reflexão - A Importância da Família


No domingo, 23 de dezembro, tive a oportunidade de assistir com uns amigos ao filme O Impossível, um drama belíssimo e muito realista. Baseado em uma história real, o filme tem como tema o tsunami que atingiu a costa da Indonésia em 2004 e conta a história de um casal com três filhos pequenos que estão passando férias na Tailândia, quando na manhã de 26 de dezembro um tsunami atinge o local destruindo tudo o que encontra pela frente. Com a devastação, a família se divide em dois grupos, um com a mãe e o filho mais velho e outro com o pai e dois filhos. Eles enfrentam situações desesperadoras sem saber se seus familiares estão vivos ou não e lutam desesperadamente para sobreviver movidos pela esperança do reencontro.

O filme é extremamente tocante, emociona e traz lições de vida. Faz-nos refletir sobre o valor da família e dos amigos, sobre a importância de ajudar o próximo esquecendo-se de nosso próprio bem estar e mostra que bens materiais não tem tanta importância e não merecem tanta atenção em detrimento da família. Diante daquele tsunami, nem dinheiro nem bens materiais puderam salvar ou ajudar alguém, tudo foi perdido. Infelizmente acabamos nos esquecendo disso e muitas vezes colocamos a família em segundo plano. Vale a pena assistir O Impossível e refletir nas lições que nos ensina. Fica a dica.